A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, primeira unidade a ser instituída no país, completa seis anos de atuação na Capital nesta quarta-feira (3), com atendimento voltado ao enfrentamento de todas as formas de violência contra a mulher. Enaltecendo o trabalho desenvolvido, o vereador João César Mattogrosso (PSDB) parabeniza pelos atendimentos realizados.
“A luta em defesa das mulheres é uma responsabilidade de todos e poder contar com um espaço que concentra um time especializado para atender as mulheres em situação de violência é muito significativo. Quero parabenizar toda equipe da Casa da Mulher Brasileira e reforçar que o nosso mandato está à disposição para ações que fortaleçam o trabalho realizado”, destaca o vereador João César Mattogrosso.
A CMB de Campo Grande é referência nacional, concentrando no mesmo local todos os serviços essenciais de atendimento à mulher violentada. O atendimento especializado, integral e humanizado, visa o rompimento do ciclo da violência e a transformação de padrões machistas e patriarcais que resultam em violência.
No local são disponibilizados os seguintes serviços especializados, integrados para atender todos os tipos de violência contra mulher: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.
A gestão da Casa da Mulher Brasileira é compartilhada entre governos federal, estadual e municipal, sendo que as decisões das deliberações do Colegiado Gestor, formado pelos órgãos que integram os serviços, ficando a administração sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal, por meio da Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SEMU).
A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) divulgou um balanço das ações realizadas entre 2017-2020, sendo que nesse período 24.898 mulheres vítimas de violência foram cadastradas. Outro dado alarmante é o fato de 2020 ter sido o ano em que se matou mais mulheres desde a criação da Lei do Feminicídio, com registro de 11 mortes na Capital e 39 no Estado.
Para 2021 será incorporado o exame de corpo de delito entre os atendimentos da CMB, único serviço que ainda não é realizado no local. De acordo com informações da SEMU, uma sala será adaptada e o legista do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) vai até a vítima para realizar o exame.