De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 56,1% da população brasileira se autodeclara negra (grupo que reúne pretos e pardos), o que coloca esse público como maioria populacional no País.
Ainda segundo o levantamento, em dez anos, a população preta cresceu 32,4% e a parda, 10,8%, ambas com aumento superior ao da população do total do país (7,6%). Já a população branca ficou estável.
Entretanto, ser a maioria populacional não assegura aos brasileiros negros que também sejam maioria no mercado de trabalho e ao acesso à educação. Ainda segundo a pesquisa houve aumento de 14% no desemprego para essa parcela da população, que também ainda figura entre as maiores vítimas de violência, com aumento de mortes em 11,5 % na última década.
O combate ao racismo, violência e desigualdade depende de políticas públicas e acima de tudo, da participação social. Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra, data que marca as décadas de luta do povo negro por igualdade.
“Há uma dívida histórica e social com a população negra, que foi trazida ao Brasil escravizada e mesmo após o fim desse ato cruel há tantos séculos, ainda há a luta diária pela igualdade, pelo fim do preconceito, da violência, das diferentes condições e acesso e ainda da discriminação. Essa luta é coletiva e deve abranger a todos que têm consciência da importância da igualdade e do respeito coletivo”, avalia o vereador João César Mattogrosso (PSDB).
Dia da Consciência Negra – A data foi escolhida em homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695. Zumbi é reconhecido como o nome de maior representatividade e luta pela liberdade e direitos dos negros.
Os quilombos eram comunidades formadas por negros escravizados que fugiam das fazendas e casas onde eram escravos e se escondiam em lugares de difícil acesso nas matas.
O Quilombo dos Palmares foi o maior e mais duradouro dos quilombos registrados pelos estudos historiográficos. Segundo estudos, o quilombo liderado por Zumbi era localizado em Alagoas e sua formação durou cerca de 100 anos, abrigando entre 20 mil e 30 mil habitantes.
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Elci Holsback – Assessora de Comunicação
