O dia 05 de setembro é marcado por ser o Dia Municipal de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística. A data foi instituída no calendário oficial do município pela Lei n. 5.979/18, de coautoria de João César Mattogrosso (PSDB).
A matéria foi proposta a partir da iniciativa da Associação Sul-Mato-Grossense de Fibrose Cística – ASMFC, que solicitou o apoio dos parlamentares para destacar o tema na Capital. A doença ainda é pouco conhecida e possui um tratamento complexo, sendo necessária uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicólogos, assistente social, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas, além da equipe médica. Segundo dados da ASMFC, atualmente há 45 casos confirmados da doença em Mato Grosso do Sul, sendo 9 em Campo Grande.
Sobre a Fibrose Cística – De acordo com informações do Ministério da Saúde, a Fibrose Cística, também conhecida como Doença do Beijo Salgado (devido a presença excessiva de cloro no suor) ou Mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo o mundo, e é a doença genética grave mais comum da infância. Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões. Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino.
O corpo precisa dessas enzimas para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos, essencial para o desenvolvimento e saúde do ser humano. Pessoas com fibrose cística frequentemente precisam repor essas enzimas através de medicamentos tomados junto às refeições, como forma de auxílio na digestão e nutrição apropriadas.
Especialistas apontam que a Fibrose Cística é causada por uma alteração no DNA que conduz o organismo a produzir secreções espessas que obstruem pulmões e pâncreas. A doença não é contagiosa e se manifesta basicamente com sintomas respiratórios e gastrointestinais.
Teste do pezinho e o diagnóstico precoce – O diagnóstico é estabelecido quando um paciente com sintomas sugestivos ou teste de triagem neonatal alterado possui duas dosagens de cloro no suor alteradas, também podendo ser identificado em teste genético através de mutações. A realização do “teste do pezinho” é fundamental, pois permite realizar o diagnóstico da Fibrose Cística antes do aparecimento dos primeiros sintomas da doença, melhorando muito o prognóstico dos pacientes.
O objetivo da lei, segundo João César Mattogrosso é conscientizar a população e dar maior visibilidade para doença, objetivando que sejam desenvolvidas campanhas publicitárias, institucionais e seminários que alertam para importância de um diagnóstico precoce, já que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como asma e pneumonia.
“Quando fomos procurados pela Associação Sul-Mato-Grossense de Fibrose Cística, prontamente fizemos questão de atender a solicitação, pois entendemos que a saúde deve ser priorizada e que a informação faz a diferença para o diagnóstico precoce de doenças mais incomuns como essa”, ressalta o parlamentar.
Elci Holsback – Assessora de Comunicação